Em live com o blogueiro João Matheus, o senador Otto Alencar deixou bem claro sua posição em relação ao processo sucessório de Itabuna, dando um chega pra lá nos ex-prefeitos Geraldo Simões, Capitão Azevedo, Claudevane Leite e no atual gestor Fernando Gomes.
Poderia muito bem encerrar o comentário com uma declaração do presidente estadual do PSD, deixando as conclusões para os leitores deste modesto editorial, elogiado por muitos e também detestado, talvez até por uma quantidade maior de pessoas. Se Jesus Cristo não conseguiu agradar a todos, imagine um Marco Wense. Seria muita pretensão da minha parte. Aliás, essa coisa de querer se aparecer não combina comigo. Quem me conhece sabe disso.
“Em Itabuna, a comissão provisória e Augusto Castro é que vão decidir. A população tem que buscar uma renovação para a gestão ser eficiente”, disse Otto, sem pestanejar e fazer arrodeios.
O parlamentar, além de reafirmar a autonomia do PSD local, tão bem conduzido por Alcântara Pellegrini, deixa bem claro dois pontos: 1) a legenda não vai se aliar a quem já foi prefeito de Itabuna, indo de encontro a mais de 65% do eleitorado que deseja mudança, como indicam as últimas pesquisas. 2) a decisão de disputar ou não o comando do centro administrativo Firmino Alves cabe a Augusto Castro, que vem repondo as energias depois de ser acometido por um gravíssimo quadro de covid-19.
Se aliando ao discurso da imprescindível mudança, o senador aproxima Augusto de Mangabeira, prefeiturável do PDT. Com efeito, o pedetista tem um bom e respeitoso relacionamento político e pessoal com o ex-deputado estadual, que fez um elogiável trabalho na Assembleia Legislativa do Estado (ALBA).
Vale ressaltar que quase 4O% do eleitorado de Castro votariam em Mangabeira se ele não saísse candidato e vice-versa. Uma união de Castro com Mangabeira é considerada como imbatível. Os adversários, mais especificamente os ex-alcaides e o atual, seja buscando à reeleição ou apontando um nome, têm angustiantes pesadelos com a possibilidade de uma composição entre Mangabeira e Augusto.
Sem dúvida, duas boas opções para dar uma oxigenada na empoeirada política de Itabuna, sem jogar a sujeira das administrações passadas para debaixo do tapete.
AZEVEDO NO MESMO ERRO
O prefeiturável do PL, capitão Azevedo, parece que não aprendeu a lição da sua última gestão. Continua procurando o apoio sem nenhum critério e prometendo o mundo, o que pode lhe causar sérios problemas de governabilidade lá na frente, obviamente se for eleito prefeito pela segunda vez. Essa busca desenfreada por aliados, me faz lembrar de um desenho animado, quando o personagem principal, diante de uma situação prestes a acontecer, dizia: “Oh vida, oh céus… isso não vai dar certo!”.