Patroa, alunos e colegas aplaudem “Kinho da autoescola”


Aos 52 anos, Joselito Filho não resistiu a complicações da Covid-19


Joselito (Kinho) deixa legado de competência e dedicação

Uma trajetória longa como motorista em empresas de transporte e instrutor em autoescolas; o profissional que somava conhecimento à fé e alegria de viver. Este era o professor Joselito Silva Filho, mais conhecido como “Kinho da Autoescola”.

Ele morreu na manhã desta quarta-feira (4), aos 52 anos, após lutar por dias contra complicações da Covid-19. Foi internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Monte Cristo, onde tentava vencer uma pneumonia.

Parte do caminho profissional de Joselito Filho foi relatada ao Diário Bahia pela empresária Marilene (Leninha) Duarte, da Autoescola Regional, onde ele trabalhou por nove anos dando aula teórica.

“Ele deixa pra mim a imagem de um grande instrutor, um grande professor! Foi motorista de muitas empresas de ônibus na cidade: Águia Branca, Novo Horizonte, Itapemirim, Rota, empresas de coletivos urbanos. Depois, veio trabalhar na minha empresa e era um dos professores mais amados”, detalhou.

Relatos de gratidão

Leninha lembra que muitos alunos no velório, realizado até esta tarde, reconheciam o trabalho do querido professor: “Hoje eu sou motorista porque seu Joselito me ensinou, sou carreteiro porque ele me ensinou. Então, ele foi um grande cidadão, deixou um legado muito lindo. Fez seu papel aqui na terra, que Deus o receba com muita luz; deixou uma imagem de muito amor, muito carinho. Sempre abria a aula numa oração e fechava numa oração. Isso pra mim era muito sagrado”, emocionou-se.

A empresária contou ter recebido ligações de muitos alunos, de várias cidades. “Ele foi muito importante na minha sequência de vida e trabalho na minha autoescola”, reconheceu.

Nas redes sociais, uma aluna acrescentou: “Paciente, brincalhão, gente boa demais”. Colega por anos na Autoescola Regional, o professor Mark Wilson Teixeira falou com carinho do companheiro de trabalho.

“Fica uma boa imagem de muitos momentos de alegria; ele era muito brincalhão, apesar de ser um ótimo profissional e de responsabilidade”, recorda.

Joselito, sepultado no Cemitério Campo Santo, deixou esposa, uma filha e um neto.