Chocaram as imagens de ambulâncias trazendo mulheres em trabalho de parto e ouvindo um sonoro “não” logo na portaria da Maternidade Ester Gomes (conhecida como Maternidade da Mãe Pobre), em Itabuna. Entre os veículos barrados, um do distrito de São João do Paraíso, em Mascote, e outro de Santa Luzia. Ambos foram orientados a procurar a Secretaria de Saúde de Itabuna.
Uma moradora do bairro de Fátima, assistindo a uma reportagem na televisão, indagou: “Será que vai precisar chamar a parteira”. A dúvida, certamente, ronda a cabeça de muitos habitantes da cidade e da região. Afinal, a outra maternidade do município – o Hospital Manoel Novaes – está contratado para realizar apenas partos de média e alta complexidade.
Enquanto a situação se arrasta, uma notícia foi encaminhada pela assessoria de Comunicação da Prefeitura, dando conta de que o secretário de Saúde, Uildson Nascimento, considerou o fechamento da unidade sem sentido e a Justiça foi acionada na tarde desta segunda-feira (07).
“Para que a maternidade volte a atender a pacientes do serviço de obstetrícia, e que só depois da sua reabertura a direção volte a discutir contratualização com o município”, diz a mensagem.
Até que esse imbróglio chegue ao fim, segue a pergunta entre os familiares e amigos das parturientes: “Chama a parteira???”