O ex-deputado estadual Augusto Castro, que saiu ontem do PSDB, recebeu um sedutor convite para pôr no lugar das plumas vistosas do tucano as letras em verde-amarelo-azul do PSD em Itabuna. Uma espécie de anfitrião-mor para a mudança seria o senador Otto Alencar, principal liderança do partido na Bahia. Como os nomes indicam, ambos seguem a tônica da social democracia. Mas resta saber qual se apresentará mais ideal para os anseios políticos do prefeiturável.
Entre reuniões marcadas e desmarcadas, Castro deverá encontrar-se na próxima semana com o diretório local, para dizer se aceita ou não a proposta. No caso do tão cobiçado “sim”, sua ficha deverá ser abonada pelo empresário Alcântara Pellegrini, que conduz o “barco” do PSD na cidade.
Empenhado em mostrar a força do partido e atrair mais correligionários ou, talvez, atiçar a “queda-de-braço” com os concorrentes rumo a 2020, ele revelou ao Diário Bahia um cenário de intensa procura pelo caminho partidário que escolheu. Aquela lógica de provar o quão forte é o grupo, sabe?
“O fim da coligação proporcional obriga os partidos a formarem grupos fortes e competitivos. O PSD é uma das grandes forças partidárias da Bahia e do Brasil; estamos sendo procurados por vários pré-candidatos que vislumbram na força do PSD, sob a liderança do senador Otto Alencar, o diferencial para chegar ao Centro Administrativo Firmino Alves”, argumenta.
Metas audaciosas
Por falar no cobiçado Centro Administrativo, instância máxima da nossa política, Alcântara deixou claro o projeto da coordenação política do PSD: ter candidatura nas principais cidades da Bahia. Itabuna, obviamente, é uma das prioridades. Mas essa turma quer ir além. “Nossa meta é estarmos na chapa majoritária e construir uma bancada de vereadores para ajudar nas decisões importantes que a nova gestão terá que tomar em prol de Itabuna. Nossa meta maior será a proporcional”, adianta.
O movimento de trazer novos nomes inclui, por exemplo, o do vereador Ronaldo Geraldo dos Santos (Ronaldão), que já passou pelo DEM e está no PMN. Ele exerce o segundo mandato consecutivo e, a exemplo de outros edis, aguarda a abertura da janela partidária, para decidir qual rumo partidário tomará. Tal abertura deverá acontecer em 2020, em data ainda não divulgada.
Com metas tão amplas, quisemos saber do presidente do PSD qual seria a vantagem da legenda nesse extenso rol de pré-candidatos a prefeito em Itabuna. “Estamos formando um grupo técnico que estuda a elaboração de um plano de desenvolvimento para Itabuna dentro de quatro eixos desenvolvimentistas para o retorno do crescimento: indústria e comércio; turismo e serviços; agricultura e sustentabilidade; segurança e mobilidade”, detalha.
Alcântara admitiu, aliás, que nem o nome dele está descartado numa eventual disputa para prefeito. “Claro que tudo isso depende muito do que está por vir, observando todos os cenários”, ressalva.
