O governador Rui Costa fez hoje em Itabuna uma série de críticas a representantes do Poder Judiciário, incluindo aí o Ministério Público. Para ele, uma minoria não ilustra o conceito da Justiça que trata a todos de forma igual e sem preferência partidária.
Mencionou fotos de juízes com políticos em viagens internacionais, para sinalizar certa parcialidade. De 2015 pra cá, acredita Rui, o país vive um cenário de crise que reflete em descrédito perante os investidores.
Um tom ainda mais incisivo veio do presidente da Assembleia Legislativa, Ângelo Coronel. “Eles passam num concurso e ficam eternamente no cargo, enquanto a classe política precisa passar num concurso a cada quatro anos, se quiser continuar na vida pública”, comparou.
Dizendo que não ria se calar, Coronel fez uma veemente defesa do papel daqueles que ocupam cargos eletivos, para a tomada de decisões e a realização de obras. “Ao longo desse Brasil, a grande mídia e alguns senhores e senhoras de toga querem tirar a classe política, deixá-la cada dia mais rebaixada”, cutucou.
“Bons e maus”
Ele citou exemplos bem próximos da população regional, para reforçar seus argumentos. “ Eu sempre digo: se está lançando policlínica, depende da classe política; se tem barragem sobre o rio Colônia, depende da classe política; se tem Hospital do Cacau, depende da classe política; se tem rodovia Ilhéus/Itabuna, depende da classe política; se tem viaturas e ambulâncias, depende da classe política. Quando alguém diz: ‘vou votar nulo e em branco, que político só tem descarado e ladrão, em sempre digo: ‘nas igrejas também tem, nos tribunais também tem, na classe de médicos também tem’… Então, não é só na classe política que tem gente ruim; em todos os segmentos da sociedade tem os bons e tem os maus; só precisamos diferenciá-los, não achar que todos estão no mesmo baralho”, cravou.
