De início devo dizer que não me preocupo se meu comentário vai desagradar a fulano, beltrano ou sicrano. Nem tão pouco aos partidos e seus respectivos pré-candidatos a prefeito de Itabuna.
Minhas posições políticas são explícitas. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem em quem vou votar. No próximo pleito, o da sucessão do alcaide Fernando Gomes, em Mangabeira, prefeiturável do PDT, e em Saad para o Legislativo, da mesma legenda, o Partido Democrático Trabalhista.
Já disse várias vezes que não sou jornalista e nada relacionado com os meios de comunicação. E mais: nunca recebi um centavo para escrever a favor ou contra a quem quer que seja e nem para fazer campanha para ninguém. Meu voto é movido por convicção e não por interesse.
Alguns azevistas não gostaram de eu ter dito, no editorial de ontem, de número 560, que o capitão Azevedo é o plano B do fernandismo se a candidatura de Son Gomes não decolar, não mostrar força suficiente para competir no processo sucessório.
Muitos do staff do militar, mais especificamente pessoas mais próximas do prefeiturável do PL, disseram que a intenção do editorial foi prejudicar Azevedo, já que um eventual apoio do atual gestor, com sua gigantesca rejeição, “queimaria” o ex-prefeito.
Ora, ora, é só perguntar ao próprio Azevedo se ele quer ou não o apoio do grupo de Fernando Gomes. Se não quer, é só pedir para o diretório municipal do PL que se pronuncie oficialmente através de uma nota pública. Vale lembrar que nas entrevistas, Azevedo faz de tudo para evitar qualquer declaração que possa contrariar o governo de plantão.
Fica parecendo que querem o apoio do fernandismo mas com o líder maior bem distante, como “persona non grata”. O apoio do grupo do prefeito sem sua presença na linha de frente. Assim fica difícil. Fernando Gomes não vai aceitar ficar escondido na campanha, como se fosse o “patinho feio” do pleito.
O prefeito de Itabuna, que desistiu de buscar o sexto mandato, portanto de quebrar o tabu do segundo mandato consecutivo, via instituto da reeleição, tem dois nomes como inimigos políticos: o médico Antônio Mangabeira (PDT) e o ex-deputado estadual Augusto Castro (PSD). Fará de tudo para evitar que um deles seja seu substituto.
O temor hoje no grupo de FG é uma eventual aliança entre Mangabeira e Augusto. Essa composição é tida como imbatível. Tem até quem diga que esse entendimento pode provocar a desistência de alguns prefeituráveis na corrida para o comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves. Para aumentar ainda mais a preocupação, setores da sociedade começam a aderir, ainda de maneira tímida, a essa união entre os prefeituráveis do PDT e do PSD. Para seus integrantes, Mangabeira e Augusto representam uma nova fase na política de Itabuna, encerrando assim um ciclo chamado de “ping-pong”, com Fernando Gomes, Geraldo Simões e Azevedo.
Concluo dizendo que não tenho a menor dúvida que o capitão Azevedo é o plano B do prefeito Fernando Gomes. E pode ser também o do governador Rui Costa (PT).