
As cenas divulgadas esta semana, de um homem dando 11 socos no rosto de uma mulher em Ilhéus, ilustram os tantos episódios de violência – cujos números se acentuaram nesta pandemia. E a cada detalhe desenrolado neste “novelo” de horror, a confirmação do quanto são urgentes as providências pela punição de agressores.
A exemplo de muitos que chegam ao ponto de matar namoradas e esposas, o acusado Carlos Samuel Freitas Costa Filho teria deixado na mulher as marcas da violência muitas outras vezes. Segundo a própria vítima disse ontem em depoimento ao delegado Evy Paternostro, o relacionamento era marcado por desentendimentos. Vizinhos relataram, inclusive, serem comuns as agressões do homem à mulher no entorno da residência deles.
Após tapas e empurrões, porém, ele pedia desculpas, ela perdoava e a relação seguiu marcada por brigas e reconciliações até setembro. Essa mulher, como várias outras vítimas, admitiu não ter prestado queixa porque tinha vergonha de expor a relação e por receio das ameaças recebidas.

Agressão e desculpa
Ainda na tarde de quinta-feira, Carlos Samuel prestou depoimento à polícia e alegou que as imagens espalhadas pelas redes sociais datam de junho. Ele disse que estava embriagado àquela ocasião, que se arrependeu e retomou a convivência com a companheira até romperem definitivamente.
A Justiça atendeu a pedido do Ministério Público e decretou à noite a prisão dele. De acordo com Dr. Paternostro, seguiram diligências em vários endereços, a fim de prender o acusado. Mas ele não tinha sido localizado até a publicação desta matéria.