Tubulação rompe debaixo de casa; família precisou ser socorrida


Emasa alugou outra residência para transferir moradores do local


Rompimento de adutora foi na altura desta casa, onde vivem dez pessoas

A família de José Eduardo Calixto Santos, moradora da Rua Benigno Alves, bairro São Roque, precisou ser transferida de casa após o rompimento de uma adutora na noite de quinta-feira (20). A casa da família fica sob a rede que se rompeu, tendo o imóvel sido interditado depois de vistoriado pelo Corpo de Bombeiros e pela Diretoria Defesa Civil do Município.

Naquela rua, todo o quarteirão de casas está em sob a rede de abastecimento de água que atende a parcelas dos bairros São Roque e Fátima. Boa parte dos moradores foi ampliando os cômodos de suas residências sem a devida preocupação. O imóvel afetado pelo incidente, por exemplo, foi erguido há quase 50 anos.

Segundo José Eduardo, ninguém da família sabia que pelo terreno passava a adutora da rede de distribuição de água da Emasa. “Moro aqui há 25 anos pelo menos. Meu sogro que ergueu o imóvel. Ontem à noite tivemos tremendo susto no exato momento em que assistíamos à programação da TV”, relembra.

Equipes da Emasa foram acionadas para corrigir o rompimento, no início da tarde desta sexta-feira

“Prevenção é fundamental”

O problema poderia ter tido maiores proporções, de acordo com o gerente técnico da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), João Bitencourt. Ele disse que algumas famílias vão ampliando seus imóveis de forma irregular, constroem sobre as redes de abastecimento de água e até as margens de canais de drenagem.

“No caso do sinistro, a sorte é que houve pequeno rompimento do duto. Se a adutora tivesse estourado, a casa poderia ter ido abaixo”, ressalta. Ele explica que no local passam duas redes de adutoras, sendo que a que se encontra por baixo das casas da rua está completamente comprometida.

“Estamos fazendo uma nova rede para substituir a encoberta pelos imóveis da Rua Benigno Alves. Dessa forma, vão acabar os risco de que venha ocorrer uma tragédia”, afirma. “Mas, é preciso que as pessoas se informem quando adquirirem terrenos ou imóveis na cidade. A prevenção é fundamental”, orienta.

Para acolher a família que teve o imóvel atingido, a Emasa alugou uma casa no próprio bairro e está prestando a assistência social necessária até que a Defesa Civil avalie riscos e emita um laudo atestando se há condições de recuperação do imóvel da família Calixto Santos.