
Por Celina Santos
O clima intimista e de reflexão típico da Semana Santa soma-se à reverência diante da arte, também, em Itabuna. E falta pouco. Já está na fase final a temporada de ensaios para o espetáculo “A Paixão de Cristo”, com a participação de aproximadamente 100 atores. A peça será encenada no próximo dia 14, no Estádio Luiz Viana Filho, a partir das 19 horas.
Há seis anos responsável pela direção, Marquinhos Nô promete não fugir à tônica de oferecer novidades. “Temos surpresas na abertura, que é sempre o auge, e temos cenários diferentes. Todo ano a gente muda algo, para que quem for assistir não ache que é uma cópia. Todos sabem que a história é universal, mas a forma como é colocada é a grande diferença”, argumentou.
Ele conduz os ensaios há mais de um mês, no Teatro Zelia Lessa. Sente que o elenco, boa parte presente em várias edições, tem absoluta dedicação à proposta do espetáculo. “Estamos acertando mais do que errando, porque temos uma equipe de parceiros”, reconheceu.

Por falar nisso, o assistente de direção é Marcelo Lobo; a cenografia fica a cargo de Diovane Tavares; o figurino, do próprio Nô. Todo o trabalho é para dar vida ao texto do saudoso Équio Reis. A produtora executiva é a atriz Eva Lima, que por quatro anos também atuou na peça. Ela destaca a nova vertente, do intercâmbio entre atores de várias cidades da Bahia e até do Espírito Santo. O elenco tem pessoas, além de Itabuna, de Itapé, Buerarema, Itapetinga e Itajuípe.
“Vemos um elenco tão comprometido! Nós, artistas, quando estamos fazendo uma coisa, é fazendo bonito pra ser visto. Estamos batalhando para que tudo saia a contento e quem for ao Itabunão, vai ver um grande espetáculo. A cada ano, Nô se supera na criatividade, no poder de pensar e, quando possível, realizar. Vai surpreender muita gente”, observou.
A mensagem de Jesus

O ator Alex Francis continua com a incumbência de encarnar o personagem principal do espetáculo: Jesus Cristo. Ele tem a exata dimensão da responsabilidade que há em levar adiante a mensagem contida nas sagradas escrituras.
“Procuro fazer as pessoas refletirem sobre a vida de Jesus e o que Ele quis nos passar; na verdade, foi o amor. Vivemos em um mundo de corrupção, violência e isso é falta de amor”, sintetizou.
A realização da peça “A Paixão de Cristo” é assinada pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc) e já figura entre os atrativos do calendário turístico da cidade.