Antonio Nunes de Souza
Embora sejamos todos alegres, festeiros, reboladores e farristas, temos a obrigação e coerência de analisar, refletir, ponderar e outras precauções mais, com relação a comemorar nosso maravilhoso carnaval, daqui a uns três meses, provocando uma putíssima aglomeração nacional, com grandes possibilidades de uma contaminação sem precedente, já que, nas euforias momescas, as esfregações, beijações, sexos, bebidas, fumos e drogas, rolam tranquilamente e sem limitações, provocando em consequência, não só um retorno fortalecido da Covid-19, como também de outras doenças na área das DSTs!
Com essa explanação inicial, tenho certeza que, na hora, alguns leitores foliões de carteirinhas, estão me taxando de um grande careta FDP, que já não brinca e, tranquilamente, deseja sacanear a grande galera, assustando e botando grilo na cuca da plateia!
Mas, seguramente, não trata-se em nenhuma hipótese em nossa ponderação, intenções de tolher ninguém de curtir seus blocos e trios elétricos, nem tão pouco as maravilhosas escolas de samba. Nossa justa e lógica preocupação, tem sentido, pois, estamos ainda com um número expressivo de contaminados, contamos com um grupo de teimosos, analfabetos e incoerentes que, estupidamente, se recusam a se vacinar, tendo consequentemente, grandes possibilidades de não só se contaminar, como também contaminar milhares de outros, mesmo que estes já tenham sidos vacinados!
Vamos primeiro procurar controlar com segurança essa pandemia, terminar de vacinar a população, não seguir o falso exemplo do presidente, que deve ter se vacinado às escondidas, e, grosseiramente, estimula que não se vacinem, deixando transparecer que deseja um morticínio da pobreza em massa!
Reconheço que nosso carnaval, estimula e alavanca o turismo nacional e internacional, provocando uma renda substancial de dólares, gerando empregos, empreendedores autônomos, trabalhos eventuais, impostos municipais, estaduais e federais, além de muitas outras coisas benéficas para nosso país. Mas, nas condições que estamos atravessando, tudo isso é bem menos valoroso, que as vidas humanas que poderão ser ceifadas durante e após a comemoração!
É justificável que donos de blocos, trios, cantores, produtores e vendedores de bebidas, estejam unidos, desejando a realização carnavalesca, pois, seus rendimentos e lucros dependem dessa grande festa. Mas, com os perigos eminentes e super prováveis, seria correto, sacrificar mais uma vez a realização, procurar outras opções de lazer e eventos que gerem lucros e alegria, sem os prováveis e possíveis perigos das super aglomerações de multidões nas ruas e avenidas!
Não quero ser o dono da verdade em nenhuma hipótese, minhas observações são baseadas em coerência, precaução e cuidados com a saúde de todos!
Pensem, reflitam, analisem e, mesmo que aconteça a realização, tome todos os cuidados possíveis, pois, na multidão, você além de estar passivo de contaminação, ainda pode ser assaltado, ou receber uma bala perdida, já que todas essas coisas estão acontecendo cotidianamente, e não trata-se absolutamente de terrorismo da minha parte!
Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – [email protected]