Homens engravatados, debatendo ideias e tratando de assuntos muitas vezes densos, é a imagem que se tem de uma sessão na Câmara de Vereadores. Mas este protocolo foi totalmente quebrado na tarde de quarta-feira (23), no Plenário Raymundo Lima, em Itabuna.
Tornou-se um verdadeiro sarau o ato político em agradecimento pela lei que tornou o Coral Cantores de Orfeu Patrimônio Cultural e Imaterial do Município de Itabuna.
Com a maestrina Zelia Lessa numa cadeira à frente da mesa-diretora e carregando 92 anos (sendo 63 dedicados ao coral), a sessão exibiu um conjunto de manifestações artísticas que certamente orgulhou a artista grapiúna. Para começar, o músico da OZEL (Orquestra Zelia Lessa), Caíque Tadeu, tocou uma canção ao violino e mostrou um vídeo com o trabalho do grupo.
Ao lado dele, estava a fundadora do coral e sempre homenageada na cidade, pelo trabalho disciplinado e tão presente. Em seguida, integrantes do Instituto de Flautas Carlos Oliveira emocionaram a todos executando as músicas “Aleluia” e “Asa Branca”.
Celebração à música!
A organizadora das apresentações foi a presidente do Conselho Municipal de Turismo de Itabuna (COMTUR) e Acate (Associação Cultural Amigos do Teatro), além de atriz, Eva Lima. Antes desses cargos, ela ali estava como uma visivelmente emocionada aluna do Coral Cantores de Orfeu.
De um lado, as autoridades representando a Casa do Povo (por ordem alfabética, Aldenes Meira, Antônio Cavalcante, Babá Cearense, Beto Dourado, Charliane Sousa, Chicão, Enderson Guinho, Jairo Araújo, Júnior Brandão, Júnior do Trator, Manoel Júnior, Pastor Francisco, Ronaldão, Ricardo Xavier). Na plateia, dezenas de itabunenses, das mais diversas idades e profissões. Todos rendidos à linguagem universal que iguala e arrepia: a da música.