Com o objetivo de produzir um bioplástico resistente a partir da casca de melancia – uma fruta amplamente produzida no Território de Identidade, sendo a cidade de Teixeira de Freitas a maior produtora na Bahia e a quinta do país –, o projeto de Liliane e Fernanda resultou em produtos sustentáveis como saquinhos para mudas de planta e sacolas e, futuramente, canudo comestível.
A estudante Fernanda Novaes fala sobre a sua satisfação com a experiência. “Foi muito gratificante este trabalho, porque sempre tivemos o desejo de fazer algo para ajudar o meio ambiente e que tivesse a mesma funcionalidade do plástico convencional, que demora 500 anos para se decompor, tanto no ambiente marinho, como no terrestre, enquanto que o bioplástico leva apenas sete dias para se decompor debaixo da terra”.
A composição do biocia, explica a professora orientadora, Franciele Santos Soares, se dá a partir da pectina (tipo de fibra solúvel encontrado na parede celular de plantas) no mesocarpo da Melancia. Após tratado e adicionado dos devidos reagentes, obtém-se um bioplástico comestível e vegano. Este ano, destaca a professora orientadora, Franciele Santos Soares, as alunas pretendem aprimorar o trabalho para a produção de canudo comestível. A ideia delas é buscar fomento de investidores para comercializar o canudo comestível, já que, para atingir a resistência necessária do bioplástico, é preciso o uso de reagentes orgânicos adequados, e estes são caros, como explicou a educadora.