Desde o início da pandemia do novo coronavírus na Bahia, o Senai Cimatec montou uma equipe de técnicos e engenheiros para fazer o reparo de respiradores mecânicos com defeito. Na terça-feira (16), o grupo atingiu a marca de 200 respiradores recuperados e devolvidos em pleno funcionamento para unidades de Saúde do estado.
Assim, reforçam as UTIs com estes equipamentos, essenciais para o tratamento das pessoas que apresentam os mais graves sintomas da Covid-19. A ação é parte da força-tarefa coordenada pelas secretarias estaduais do Planejamento (Seplan) e Desenvolvimento Econômico (SDE).
“Este é um trabalho de uma equipe extremamente dedicada que contribui para salvar vidas, num momento crucial, em que a pandemia continua exigindo o reforço do sistema público de Saúde. Portanto é um esforço de mais de 50 profissionais que evidencia a competência técnica do Senai Cimatec e seu comprometimento com o combate ao coronavírus”, ressalta o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.
Replicada mundo afora
De acordo com o diretor do Senai Cimatec, Leone Andrade, a equipe de profissionais dedicada a esta ação conta com engenheiros clínicos, técnicos, de eletrônica e mecânica, engenheiros de automação, gestores e o pessoal de logística.
Ele também ressalta que esta iniciativa do Senai Cimatec está sendo replicada em outros estados brasileiros, além de países da América Latina e África. “A iniciativa de manutenção de aparelhos surgiu aqui na Bahia. Rodamos todo o piloto deste programa, validamos os procedimentos de recolher, transportar, fazer limpeza e assepsia, realizar os testes iniciais e triagem, conserto e limpeza de filtros, calibração e teste de segurança elétrica. Estamos fazendo a capacitação remota em outros estados e países, espalhando esta iniciativa. Já são cerca de 1.500 respiradores mecânicos recuperados em todo o país”, explica.
Para proteção
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Alban, explica que esta é uma iniciativa que se junta a outras da Fieb, no sentido de combater o avanço desta pandemia na Bahia.
“Por isso, não estamos poupando esforços e atuando em várias frentes, a exemplo da produção de protetores faciais, do envase de álcool, da disponibilidade de computação de alto desempenho para pesquisadores”, enumerou.
Alban citou, ainda, o desenvolvimento dos túneis de desinfecção, a aquisição de milhares de testes PCR, além da compra de novos respiradores mecânicos, entre outras. “Sempre com a participação das indústrias da Bahia”, ressaltou.