Perde-se na bruma do tempo a data em que teve início a comemoração que marca o nascimento do Cristo Jesus. Natal é esperança e renovação e atribui-se ao Imperador Constantino a fixação da data de 25 de dezembro, uma maneira encontrada para conciliar com a grande festa pagã, em Roma, quando se comemorava o solstício do inverno, no hemisfério norte os pesquisadores e historiadores já “queimaram o juízo” na tentativa de achar uma data que mais se aproximasse da verdadeira data do nascimento do Menino Jesus.
Após muita discussão, ficou acertado que 25 de dezembro seria comemorado em todo o mundo cristão como a data em que nasceu aquele que, ainda segundo as chamadas igrejas cristãs, veio para salvar a humanidade.
Verdadeira ou não, a esta altura não tem maior importância buscar um fato que, provavelmente, jamais será devidamente esclarecido e vamos continuar aceitando as datas fixadas pela igreja de cada um dos fiéis, para celebrar aqueles momentos mais marcantes na história das religiões.
O Natal passou a ser um misto de festa religiosa e festa pagã e tudo indica que, tão cedo, não mudará. Felizmente, por força da mídia e, também, de algumas igrejas, busca-se dar uma melhor conotação, envolvendo atos de solidariedade e benemerência, principalmente nos países mais pobres da terra, onde predominam a miséria e a fome; acreditamos que nenhuma outra maneira é melhor para homenagear o Cristo Jesus do que, quando se celebra o seu nascimento, diminuir esse fosso imenso que separa os ricos dos miseráveis.
Mas Natal não é somente presentes, festas e congraçamentos; as cidades ficam mais bonitas graças às belíssimas ornamentações; as músicas próprias da época enchem as praças, os edifícios e os diversos ambientes públicos e as pessoas, no seu ambiente de trabalho, criam a brincadeira do amigo secreto ou amigo oculto e, tudo isso, tem um impacto econômico muito importante, pois Natal é o mês em que as lojas mais vendem os seus produtos, que vão de brinquedos a roupas, móveis, objetos eletrônicos, bebidas e alimentos.
É também uma época em que somos chamados a uma maior reflexão, fazendo-nos pensar no mundo em que vivemos e se temos dado a nossa participação no sentido de diminuir a miséria que observamos diariamente, deixando, um pouco, a ganância de lado; essa reflexão deve começar na cabeça dos dirigentes, evitando esses conflitos que só causam destruição e morte, a exemplo dessa mortandade que observamos na guerra Ucrânia X Rússia.
Cultivemos essa bela tradição do Natal aproveitando o momento para, também, por em prática aqueles ensinamentos que aprendemos no Novo Testamento, tendo a figura central do Nosso Senhor Jesus Cristo que, sentado ao lado do Pai, deve meditar e chorar tantas maldades que, muitas vezes, em seu nome são praticadas.
Que cada Natal seja mais enriquecedor, em ensinamento e na fé, do que o anterior.
Um Bom Natal para todos e um Feliz Ano Novo.