O advogado Edmilton Carneiro, após oito anos filiado ao PMDB, é um dos nomes que deixam a sigla após os mais recentes episódios de corrupção – incluindo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, uma das principais lideranças peemedebistas no estado.
Dr. Edmilton está no partido NOVO, a ser lançado nesta sexta-feira (15), às 19 horas, na Câmara de Vereadores. Ele é presidente da subseção local da OAB, mas deixou claro que a atuação na política partidária é anterior ao cargo. Em entrevista ao Diário Bahia, visivelmente animado, o profissional mostrou algumas das normas que regem seu atual “ninho” partidário.
O que lhe levou a deixar o PMDB?
É bom que se diga que mesmo antes de estar na direção da OAB, eu já fazia política partidária. O homem é, em verdade, um ser político; por esse motivo, muito embora nunca tenha sido candidato a nada, sempre fiz parte desse movimento, por entender que é por meio da política que a sociedade se organiza.Fui convidado há cerca de oito anos por dr. Renato Costa, pessoa por quem a sociedade itabunense tem um grande carinho e respeito, a ingressar no PMDB. Muitas pessoas de bem fazem parte desse grupo, a exemplo do nosso vice-prefeito Fernando Vita; dr. Marcos Bandeira; dr.RafleSalume; professora Cessi; o vereador Cavalcante; Pedro Arnaldo, que dirigiu o partido em Itabuna por algum tempo e fez um trabalho extraordinário, dentre outros. No entanto, com os últimos acontecimentos envolvendo pessoas do comando desse partido, ficou difícil permanecer filiado.
E decidiu ir para o partido NOVO. Qual é a proposta dessa legenda?
O PartidoNOVO, como o próprio nome diz, é tudo novo. O seu estatuto traz inovações na política. Ele pretende atender à risca os anseios da sociedade, que não aceita mais os velhos políticos, a velha política e a forma como sempre foi conduzida até aqui. O partido nasceu da ideia de um empresário, João Amoedo, que se uniu a outras 181 pessoas, todas dissociadas da política, dentre as quais advogados, engenheiros e empresários e fundaram o NOVO.
Algo específico para diferenciar dos tantos partidos já existentes?
O NOVO não admite mais de uma reeleição. Pretende, com isso, evitar o carreirismo politico; o NOVO renega o fundo partidário. As campanhas e o partido serão custeados pelos próprios filiados; o NOVO não permite que aqueles que fazem parte do diretório sejam candidatos. Isso evita que o partido tenha “donos”.
Qualquer pessoa que deseje poderá se filiar?
Para se filiar ao NOVO é preciso ter ficha limpa. Eu já segurei bandeiras de todas as cores. Sempre gostei da política e sempre acreditei nela, como elemento transformador social, mas, é claro que já tive muitas decepções e isso não significa dizer que devo desistir. Acredito no potencial do meu País, do meu Estado e do meu município. Tenho que continuar a acreditar sempre. E o NOVO me trouxe de volta a esperança e a coragem de continuar lutando por uma sociedade justa e fazer com que esse lugar em que vivemos seja um lugar onde todos possam ser felizes. O NOVO é a lanterna que iluminará nossos caminhos a partir de agora.