O jovem Marcolino Vinícius Vieira, de 27 anos, representa Ilhéus no Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia. A posse aconteceu dia 24 de novembro, em Salvador, como parte da programação da Semana da Igualdade Racial Mestre Moa do Katendê.
O mandato é de 2021 a 2024 e ele exulta a representatividade sul-baiana nesse órgão de controle social. “Sou o primeiro jovem negro de periferia da história de ilhéus [nesse posto], um indicativo da credibilidade que a organização jovem da cidade tem alcançado a nível estadual”, diz ele, que recebeu 50% dos votos válidos e tomou posse na semana anterior.
Mas disse ter consciência de que o trabalho a fazer envolve demandas de todo o estado. “Quando tiver alguma necessidade de jovens negros em qualquer dos 27 territórios de identidade da Bahia e dos 417 municípios, [também] cabe a mim fazer o processo de escuta e encaminhamento da política pública quando necessário for. Vamos criar um grupo de trabalho demarço em diante visando essa melhoria”, adiantou.
A chegada dele ao cargo é legitimada pelo Decreto nº 20.299/2021 da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia. Anterior à posse, a nomeação foi assinada pelo governador Rui Costa no dia 06 de outubro, com a devida publicação no Diário Oficial no dia seguinte.Marcolino Vinicius Vieira é “poeta de busu” e vagão de metrô em Salvador, bacharelando em Produção Cultural, Graduando em Gestão Pública e Social, líder do movimento jovem reúne Ilhéus, fundado em 2013. Além disso, é porta voz junto a outros jovens do Coletivo de Juventude Negra de Ilhéus. Sempre promovendo atividades, o grupo fortalece o ideal antirracista -necessário para pessoas de todas raças, cores e aparências Brasil e mundo afora.
Aos empossados
Durante o evento, a secretária Fábya Reis representou o governador Rui Costa, dando posse ao Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN) e Conselho para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT). Tais entidades passam a contar com novos integrantes a partir de processo eleitoral e indicação de representantes governamentais.
Ao todo, são quase 100 integrantes de segmentos como quilombolas, indígenas, fundos e fechos de pasto (grupos tradicionais do sertão), marisqueiras, terreiros, afoxés, irmandades negras, população em situação de rua, mulheres negras, LGBTQIA+, Juventude Negra, dentre outros.