PM trabalha no combate ao assédio sexual no Carnaval de Salvador



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A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informa que, neste Carnaval, é possível evitar situações constrangedoras, como as do assédio sexual, com um simples ato de respeito. Distribuído nos circuitos da folia de Salvador, o policiamento está preparado para atender possíveis ‘invasões’ a privacidade, como o beijo forçado, o toque sem consentimento, dentre outras formas de violações do corpo da mulher.

A comandante da ‘Operação Ronda Maria da Penha’, major PM Denice Santiago, afirmou que este ano o atendimento foi ampliado, atuando, além do circuito da Barra, também no do Campo Grande. Explicou que as ações começam pela sensibilização dos policiais militares, para que entendam que todos os casos precisam ser registrados. “Brigas entre casais, beijo forçado, apalpadas e outras maneiras que violem a integridade da mulher são crimes e precisam ser punidos”, ressaltou.

Major Denice revelou que a Polícia Militar disponibiliza uma tropa especial para atender esse tipo de delito em toda a área da festa. O policiamento especializado, segundo revelou, será reforçado também nos camarotes. “O Carnaval é também um espaço da mulher brincar e todos precisam entender isso”, pontuou.

A major aproveita e aconselha. “A dica é simples. Se você tem interesse em alguma mulher e quer beijá-la, aproxime-se dela com respeito. Forçar situações não é engraçado nem pode ser qualificado como uma simples brincadeira”, declarou, lembrando que “a roupa usada pela mulher não é justificativa para agressões sexuais e a vítima não pode nem deve ser responsabilizada pelas ações tomadas pelo autor do crime”.

A titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Brotas), Heleneci Nascimento, garantiu que a unidade vai funcionar, nesse período de Carnaval, durante 24 horas com o reforço de delegados, escrivãs, investigadores e assistentes sociais, para dar o apoio necessário às vítimas, nos âmbitos policial e emocional. “O atendimento que antecede o registro é fundamental”, enfatizou.

Ela também chama a atenção para a importância do registro das ocorrências, a fim de que não exista subnotificação e, assim, permita a obtenção de dados reais que vão contribuir para o aperfeiçoamento da solução desses casos, “além de tornar o atendimento cada ano mais eficiente”.