Queda de braço entre vigilantes e patrões leva greve a 15 dias



 

Após mais uma rodada frustrada, os vigilantes saíram em protesto pelas ruas de Salvador

Terminou sem acordo a décima rodada de negociações entre vigilantes e patrões nesta terça-feira (6), na sede do Ministério Público do Trabalho, em Salvador. Com isso, a greve chega a 15 dias nesta quarta (7). A proposta de reajuste, que não saía de 1%, chegou a 3,63% retroativo a fevereiro ou 5% a partir de junho.

Em contrapartida, a categoria recuou do pedido de 7% e propõe 6,44%. Também é reivindicado aumento do ticket-refeição de R$ 12,00 para R$ 20,00; piso salarial de R$ 1.500,00; jornada de 8 horas diárias e 44 semanais e cota de 30% para mulheres nos postos de trabalho.

Diante do impasse, uma nova rodada está prevista para as 14 horas desta quarta, também sob mediação do Ministério Público do Trabalho. Após a negociação frustrada, os vigilantes saíram em protesto da sede do MPT, no Corredor da Vitória, até Nazaré, onde está a sede do sindicato da categoria.

Consequências

Entre os setores mais afetados com a greve estão as agências do INSS e os serviços bancários. As agências são impedidas de disponibilizar o atendimento ao público sem vigilância. Em tese, estaria funcionando o autoatendimento, mas na prática é percebida falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e impossibilidade até de fazer um simples saque.

A situação é agravada neste momento do mês, quando ocorre o pagamento de aposentados e demais funcionários.