– Para a banalização da chamada delação premiada, porque nunca ficou claro como quem faz supostas revelações de fato prova o que diz. Fica a impressão que ocorre uma “farra” em nome de liberdade imediata e, claro, com incontáveis omissões. O episódio que acabou na prisão dos empresários Joesley Batista e Ricardo Saud (foto) é bem ilustrativo dessa ressalva.
– PARA a declaração do cantor Zezé Di Camargo, para quem o Brasil não viveu uma Ditadura. Numa entrevista à jornalista Leda Nagle, ele chegou a defender a volta do comando para os militares. “As pessoas vão me achar maluco, não quero isso jamais pro Brasil, mas eu imagino que o Brasil hoje precisaria passar por uma depuração. O Brasil até podia pensar no militarismo para reorganizar a coisa e entregar de novo”. Como se trata de uma pessoa que deve exercer influência, não pode desconhecer os dados reais que atestam os irreparáveis malefícios causados pelos chamados “anos de chumbo”.
– Para a insistência de pessoas em entrar nos esquemas de pirâmide financeira. Todos sabem que é crime e qual o desfecho da busca de lucro exorbitante em qualquer investimento. A ganância parece empurrar até quem teoricamente é munido de conhecimento a ser lesado. Reclamar como?
– PARA as quadrilhas que desviam milhões do INSS, fazendo uso indevido de benefícios. Fraudes desse tipo tornam ainda mais apertado o “funil” das perícias e, com isso, injustiças acabam acontecendo. Não é raro tomar conhecimento de pessoas penando meses, até anos com algum problema de saúde, sem poder trabalhar, e sem ter assegurado o direito a um auxílio para garantir a sobrevivência.