As ações assinadas pelo governo estadual para a geração de empregos e o empreendedorismo foram assuntos abordados com o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães. Em entrevista ao Diário Bahia, na noite de inauguração do Teatro Municipal Candinha Doria, em Itabuna, ele tratou, também, sobre as possibilidades de trabalho e renda para aqueles que têm a cultura como modo de vida e, consequentemente, de renda. Parte dos temas da conversa é publicada a seguir.
Que olhar o senhor já tem neste momento para a questão do desemprego no sul da Bahia?
Estamos atuando em duas áreas. Hoje [entrevista concedida dia 26 de julho] pela manhã mesmo, participei da inauguração do Assaí Atacadista. Fizemos a intermediação, através do Sine [Sistema Nacional de Emprego], de 283 pessoas. É o governo do estado, através do Sine-Bahia, fazendo a intermediação, preparando e qualificando pessoas para as vagas de emprego que estão aparecendo. Essa é uma iniciativa importante. A segunda iniciativa é a área do empreendedorismo. Nós vamos abrir aqui em Itabuna um conjunto de ações. Na Bahia, é o chamado ‘Salão do Empreendedorismo’. Através do governo do estado, nós temos área de microcrédito; só nos últimos dez anos, meio bilhão de reais foram destinados aos pequenos e médios empresários – inclusive alguns da economia informal que não têm acesso à rede normal, e sim ao microcrédito.
E sobre qualificação?
Nós também qualificamos pessoas. Aqui nós temos o trabalho do Cesol [Centro Público de Economia Solidária]. No último Festival do Chocolate, proporcionamos a pequenos produtores de chocolate – foram 130 expositores no nosso stand. Então, através de ações de intermediação de mão de obra e empreendedorismo, fazendo esse combate ao desemprego. Acho que essa é uma iniciativa do governo do estado no sentido de proporcionar alternativas à recessão que estamos vivendo. Já que não podemos atuar na chamada macroeconomia, pois estamos sendo vítimas do governo Bolsonaro, só desmonte… Mas, na Bahia, estamos fazendo nossa parte no sentido das políticas públicas estaduais.
O que vocês propõem em relação aos trabalhadores da cultura, já que Itabuna é um celeiro de talentos?
Pra quem viu a destruição de dois teatros em Itabuna – o Teatro Estudantil e o ABC, na Praça Camacan –, ver um teatro dessa magnitude é um instrumento importante para nossa cultura; também é importante revitalizarmos o Centro de Cultura. E a partir daí, o desenvolvimento das políticas públicas nessa área, para incentivar e desenvolver ainda mais a cultura local. Estamos na terra de Jorge Amado, Cyro de Mattos, Adonias Filho, meu pai [Davi Peixoto] também era artista plástico… então, é uma terra de muita produção cultural. Essa obra é um incentivo para a retomada cultural da nossa região e é também uma atividade econômica. Pode gerar emprego e renda através da economia criativa e isso é muito importante para nossa região.