Pouca procura em Itabuna pela vacinação contra dengue


Os baixos índices de adesão preocupam os profissionais da Secretaria de Saúde


Coordenadora da Rede de Frio, Camila Brito

Desde 29 de fevereiro a vacinação contra a dengue está disponível no município de Itabuna, tendo como prioridade o público-alvo mais vulnerável à desenvolver quadros mais severos da doença, principalmente crianças de 10 a 14 anos. Contudo, os baixos índices de adesão à vacina preocupam profissionais da Secretaria Municipal de Saúde.

Desde 2015, a vacina já existe no Brasil em clínicas particulares, tendo sido incorporada em 2023 ao Sistema Único de Saúde (SUS) como um grande feito contra o cenário epidêmico já reincidente no país.

Em Itabuna, até agora somente 1.682 vacinas foram aplicadas, o que corresponde a 13% do público-alvo previsto de 13 mil pessoas de 10 a 14 anos. Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para 6 a 16 anos em municípios em que lotes de vacinas têm validade para 30 de abril. Mas no município, os atuais lotes vencem apenas em 30 de junho.

Diante disso, a Prefeitura de Itabuna, através da Secretaria Municipal de Saúde, tem dialogado com a Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) para ampliação da faixa etária no município. Isto porque os municípios com a adesão estagnada poderão ampliar a faixa etária para utilizar as doses próximas ao vencimento de acordo com o Ministério da Saúde.

INFLUENZA
Também está vigente no município a vacinação contra o vírus influenza (gripe), já com o registro de casos positivos, atualmente em cenário propício para a propagação. A vacinação contra influenza, assim como a dengue, também está com baixa adesão apesar da disponibilidade nas unidades de saúde.

Com pouco mais de um mês de campanha, 11.470 pessoas foram imunizadas, o que corresponde a 17,58% do público-alvo (73.433 pessoas). Em todo o país, a campanha de vacinação contra a influenza vai até 31 de maio.

A coordenadora da Rede de Frio, Camila Brito, alertou a população sobre os riscos da baixa adesão às imunizações. “A vacina é a melhor forma de proteção, fortalecendo nosso sistema imunológico. Infelizmente, vivemos um período pandêmico em que houve forte propagação das notícias falsas (fake news) antivacinas”, disse.

Para ela, “é fundamental que as pessoas fiquem atentas à importância de garantir sua proteção e dos seus familiares para que não tenhamos a propagação de novas doenças mais uma vez.”