GERALDO, PT E AS PESQUISAS


Movimento para que Geraldo possa reavaliar sua pretensão de concorrer ao comando do centro administrativo Firmino Alves, começa a dar os primeiros passos.


Todo político sabe que a participação mais intensa da cúpula do partido na sua pré-candidatura, seja a qualquer cargo eletivo, ocorre com o aumento da possibilidade de ganhar o pleito. Mais chance de sair vitorioso, atenção em dobro por parte dos dirigentes.

É assim que funciona em todas as legendas, independente da posição ideológica, seja de esquerda, direita ou de centro. As exceções ficam por conta das siglas de menor expressão, que entram no processo eleitoral somente para marcar posição.

As agremiações partidárias costumam usar o critério das pesquisas de intenções de voto como definidor para aferir a condição do prefeiturável, se tem alguma chance de sair vitorioso na sucessão municipal.

Essa exigência de uma boa colocação nas enquetes para que continue na disputa, ocorre quando o adversário que mais preocupa se encontra bem posicionado nas consultas. A pressão para que desista da candidatura já passa a ser discutida nos bastidores. É melhor se juntar com o candidato da base aliada que tenha mais chance de derrotar o “inimigo” político comum.

No caso específico de Itabuna, o movimento para que o ex-alcaide Geraldo Simões possa reavaliar sua pretensão de concorrer ao comando do centro administrativo Firmino Alves, começa a dar os primeiros passos. Algumas lideranças do petismo, mais especificamente as mais próximas do governador Rui Costa, quer apoiar Augusto Castro, prefeiturável do PSD. São da opinião de que o ex-tucano, obviamente ex-PSDB, é quem pode fazer frente ao médico Antônio Mangabeira (PDT).

Acho muito difícil fazer Geraldo desistir da sua legítima pretensão de voltar a governar Itabuna pela terceira vez. E mais improvável ainda convencê-lo a ser vice de Augusto Castro, como companheiro na chapa majoritária.

Geraldo Simões, no entanto, tem ao seu lado, para qualquer circunstância, como uma espécie de “tábua de salvação”, o senador Jaques Wagner, que vem fazendo a articulação política da base aliada, tentando unir as peças do emaranhado e complexo jogo pelo poder, quase sempre assentado no vale-tudo, no maquiavelismo de que os fins justificam os meios.

Portanto, uma melhora de Geraldo Simões nas pesquisas pode diminuir essa pressão que vem de cima para baixo.

PS – Por que todo esse medo de Mangabeira, essa obsessiva vontade de derrotá-lo, até mesmo tentando unir os ex-prefeitos contra o prefeiturável do PDT? Vale lembrar que Mangabeira, se eleito, vai fazer uma minuciosa auditoria nas contas da prefeitura.