O Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, porta aberta para mais de 120 municípios, deverá ter uma ala específica, assim como um novo acesso para atender a pacientes com suspeita de Covid-19. O local deverá dar entrada até enfermarias e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), sendo que a estrutura está sendo montada de forma emergencial.
A informação foi confirmada pelo diretor médico da unidade, Dr. Eduardo Kowalski. “Nós estamos nos adequando à necessidade que vem pela frente; vamos ampliando conforme a demanda da população. O paciente grave que chegar aqui vai ter o primeiro atendimento e, conforme a rede definir, vamos operar aqui ou em outro hospital”, afirmou o médico, também integrante do Comitê para Enfrentamento do Coronavírus em Itabuna.
Desde ontem (30), a presidência da Fasi (Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna), entidade gestora do HBLEM está a cargo de Roberto Gama Pacheco. Ele substitui Juvenal Maynart, cuja saída do cargo se deu por considerar inseguro manter o hospital atendendo a casos de urgência/emergência e pacientes de Covid-19.
“Risco de contágio”
A carta encaminhada por Maynart ao Executivo traz um alerta sobre a importância de se ter um hospital como referência – algo que deve ser considerado – e sempre reiterado – neste cenário de pandemia: “Também seria mais seguro para a comunidade em geral, visto que já não iriam ser misturados pacientes que procurassem nossa unidade por outros motivos, aos que estivessem tratando da Covid-19, dado o alto risco de contágio”. Evitaríamos que um paciente entrasse com o tornozelo quebrado saísse num caixão, vítima do coronavírus, numa infecção cruzada, sem direito a velório”.
Ainda não foi divulgada uma data, mas está definido que o Hospital São Lucas será a unidade de referência para atendimento a casos suspeitos e/confirmados da doença no sul da Bahia.